A informação foi dada nesta sexta-feira (15) pelo porta-voz adjunto da OTAN Piers Cazalet à Sputnik.
"Notamos a intenção declarada da Rússia de se retirar do Tratado de Céus Abertos. A implementação seletiva da Rússia de suas obrigações no âmbito do acordo prejudicou por algum tempo a contribuição deste importante tratado para a segurança e estabilidade na região euro-atlântica", disse Cazalet.
No início do dia, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou o lançamento de procedimentos para a saída do país do Tratado de Céus Abertos. O Ministério observou que depois que os EUA se retiraram do tratado, o equilíbrio de interesses dos estados participantes alcançado na conclusão do documento foi significativamente violado e os parceiros de Moscou no tratado não apoiaram as propostas russas para manter sua viabilidade nas novas condições.
Devido à falta de progresso na eliminação de obstáculos para o funcionamento posterior do Tratado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia está autorizado a declarar o início de procedimentos internos para a retirada da #Russia do Tratado #OpenSkies.
Em 21 de maio de 2020, Trump tinha anunciado sua intenção de retirar os EUA do tratado com base em supostas violações por parte da Rússia, pretexto que Washington costuma usar para justificar sua saída dos acordos internacionais. Vários países condenaram a decisão da Casa Branca.
O porta-voz completou seu anúncio declarando que todos os aliados da OTAN continuam empenhados em um controle internacional eficaz de armas, no desarmamento e na não proliferação — que são essenciais para a segurança dos estados-membros do organismo.
"Os aliados continuam a observar de perto o futuro do controle de armas. Também continuamos abertos ao diálogo no Conselho OTAN-Rússia sobre redução de risco e transparência", finalizou Cazalet.