Trump ordena ao Pentágono promoção de energia nuclear nas áreas militar e espacial

O presidente norte-americano encarregou cinco agências governamentais de desenvolver planos sobre o uso da área nuclear nas próximas décadas pelo Pentágono.
Sputnik

Donald Trump, presidente dos EUA, assinou na terça-feira (12) uma ordem executiva que promoverá o desenvolvimento de minirreatores nucleares para uso militar e no espaço pelo país norte-americano.

A resolução, que promove "Pequenos Reatores Modulares para a Defesa Nacional e Exploração Espacial", encarrega agências governamentais como os Departamentos de Defesa, Estado, Comércio e Energia, bem como a agência espacial NASA, a desenvolver reatores nucleares pequenos, proclamando a energia nuclear como "crítica para a segurança nacional, segurança energética e prosperidade econômica dos Estados Unidos".

Devido à sua ausência comercial nos EUA, a ordem executiva ordena ao Departamento de Energia que finalize sua "demonstração em curso de três anos, no valor de US$ 115 milhões [R$ 604,5 milhões]" de uma tecnologia de enriquecimento de urânio norte-americana para a produção de urânio de alto ensaio e baixo enriquecimento, e desenvolva um plano para dá-lo ao setor privado".

Do lado militar, o Pentágono tem seis meses para "estabelecer e implementar um plano" para demonstrar um microrreator em uma "instalação militar doméstica".

A ordem executiva, com um dos roteiros apontando para 2030, permitirá "manter a supremacia tecnológica para a pesquisa e desenvolvimento nuclear, a proficiência na fabricação e a segurança e proteção" dos EUA. Além disso, a NASA fica encarregada de definir o uso de energia nuclear até 2040 com uma análise de custo-benefício.

A administração Trump tem promovido o desenvolvimento de tecnologia nuclear militar dos EUA, tendo também criado a Força Espacial.

Apesar da aproximação da posse da nova administração norte-americana de Joe Biden, programas assim têm pouca probabilidade de serem parados, especialmente com o envolvimento do Pentágono e respectiva burocracia. Em agosto de 2020, a Convenção Democrata dos EUA aprovou pela primeira vez desde 1972 a energia nuclear, levando ao primeiro consenso bipartidário com os Republicanos em meio século sobre essa questão.

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