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Com indefinição, avião que buscaria vacina na Índia vai levar oxigênio para Manaus

Sem acordo para liberação de carga, avião que buscaria dois milhões de doses da vacina de Oxford na Índia levará oxigênio para Manaus. 
Sputnik

Após pedido da Fiocruz, o governo do Brasil fechou acordo para a compra de lote do imunizante desenvolvido pela universidade britânica e o laboratório AstraZeneca. As doses seriam trazidas de fábrica da farmacêutica Serum, que produz o imunizante. 

No entanto, até o momento, a Índia não liberou a saída da carga do país. O avião da Azul estava programado para sair do Brasil na quinta-feira (14). O voo chegou a partir de Viracopos para Recife. 

A decolagem para Mumbai, na Índia, acabou sendo adiada para sexta-feira (15), mas houve novo cancelamento. Em entrevista para o programa Brasil Urgente, da Band, o presidente Jair Bolsonaro disse que o voo sairia em "dois ou três dias, no máximo".  

Diante da indefinição, a Azul informou nesta sexta-feira (15) que, a pedido do Ministério da Saúde, o avião levará cilindros de oxigênio para Manaus. Após permanecer algumas horas no Recife, o voo retornará para Campinas. O sistema de saúde da capital do Amazonas entrou em colapso, com pacientes da COVID-19 morrendo sem oxigênio disponível nos hospitais.

"O voo será feito pela mesma aeronave que partiria hoje para Mumbai, na Índia, uma vez que a missão terá seu início reprogramado enquanto às questões diplomáticas entre os dois países são resolvidas e as doses da vacina Astrazeneca/Oxford possam ser trazidas ao Brasil", informou a Azul em nota, segundo o portal UOL.

Governo contava com vacina

A previsão é de que o avião siga para Manaus neste sábado (16). Segundo a chancelaria indiana, ainda não é possível confirmar o envio das doses compradas pelo Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tentou interceder, mas a carga não foi liberada. 

A expectativa do governo federal era de que as doses da vacina de Oxford chegassem no Brasil no domingo (17). Com isso, seria possível iniciar a imunização no país na quarta-feira (20) com o lote da AstraZeneca. 

Agora, o Brasil tem apenas as 10,8 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. No entanto, parte desse lote ainda está em processo de envasamento nos frascos e rotulação.

Do total, seis milhões de doses estariam prontas. O governo federal exigiu o repasse de todo esse lote para operacionalizar a imunização e fazer a distribuição entre os estados. O governo de São Paulo, no entanto, disse que enviaria 4,5 milhões de doses, ficando com 1,5 milhão. 

A Anvisa está analisando os documentos enviados pelos laboratórios para dar aval ao uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford/Butantan. O anúncio dos resultados dos pedidos deve ser feito no domingo (17). 

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