"É muito importante para a Rússia compensar a falta de voos de inspeção sobre os territórios de países estrangeiros, em particular sobre os países-membros da OTAN, com o reforço das capacidades em todos os tipos de reconhecimento espacial e, sobretudo, [de reconhecimento] ópticoeletrônico e radiotécnico", afirmou especialista em entrevista à Sputnik.
Segundo ele, esta medida permitirá à Rússia reagir antecipadamente aos planos militares dos países que Moscou considera como adversários potenciais.
Além disso, ressaltou Korotchenko, Rússia deve impulsionar as operações de suas agências de inteligência para obter informações sobre os planos ou intenções dos países da OTAN.
"Ao serem os primeiros a deixar o tratado, os EUA o destruíram, por isso, neste caso a Rússia está simplesmente constatando o status quo de que o acordo já não funciona e não vai funcionar. A culpa disso é totalmente de Washington", disse.
Nesta sexta-feira (15), a Rússia anunciou o início do processo formal de retirada do Tratado dos Céus Abertos, após a saída dos EUA em novembro de 2020.
O Tratado dos Céus Abertos, assinado em 1992 em Helsinque, permite que observadores militares realizem voos de vigilância aérea para obter imagens de movimentos de tropas e navios.
Moscou afirmou que, ao saírem do Tratado dos Céus Abertos, os EUA esperam que seus aliados, por um lado, obstruam os voos de observação russos sobre as instalações militares dos EUA na Europa e, por outro, que os europeus compartilhem com Washington suas fotografias aéreas do território russo.