Uma pessoa pode obter imunidade por ao menos cinco meses após ficar infectada pela COVID-19, concluiu um estudo realizado pela PHE, Saúde Pública de Inglaterra, designado SIREN (SARS-CoV-2 Immunity and Reinfection Evaluation).
A organização fez testes PCR e de anticorpos a 20.787 trabalhadores da saúde desde junho de 2020, detectando 6.614 casos que testaram positivo para anticorpos, ou seja, que sofreram da doença.
Entre os 6.614 casos de pessoas curadas, os cientistas detectaram 44 "potenciais" reinfeções, nenhuma delas severa, incluindo 2 "prováveis", ambas durante a primeira onda, e 42 "possíveis". Se todos os 44 casos fossem confirmados, isso representaria uma taxa de 83% de proteção contra reinfeções, enquanto se apenas as 2 reinfeções "prováveis" fossem confirmadas, a taxa seria de 99%.
A PRE alerta que a imunidade pode desaparecer após um tempo indeterminado e levar a uma reinfeção, como no caso dos que sofreram com a primeira onda em 2020. Um antigo paciente continua podendo carregar partículas vivas do SARS-CoV-2 e o transmitir a outros, pelo que as pessoas devem seguir as regras sanitárias e ficar em casa para evitar esse cenário, avisa o órgão de saúde britânico.
"Este estudo nos deu o quadro mais claro até hoje da natureza da proteção contra a COVID-19, mas é crítico que as pessoas não entendam mal estas descobertas iniciais", comenta Susan Hopkins, assessora médica sênior da PHE e autora principal do estudo.
O estudo continuará nos próximos 12 meses para avaliar o estado imunológico dos participantes, bem como a eficácia das vacinas e a transmissibilidade do novo coronavírus.