O comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Índia lista seis países asiáticos descritos como "parceiros" para os quais as vacinas serão exportadas a partir da quarta-feira (19): Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Seychelles. Outros três países citados - Sri Lanka, Afeganistão e Ilhas Maurício - ainda precisam apresentar a documentação para o início da exportação. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, comemorou a iniciativa nas redes sociais.
A Índia está profundamente honrada em ser um parceiro de longa data no suprimento das necessidades do setor de Saúde na comunidade global. O envio de suprimentos de vacinas contra a COVID-19 para diversos países começará amanhã, e virá mais nos próximos dias.
O Brasil não é citado na lista divulgada, apesar de o governo do presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que comprará as vacinas em breve. Na semana passada, o governo do Brasil chegou a dizer que dois milhões de vacinas chegariam da Índia até o domingo (17), o que foi negado pelos indianos e não se concretizou.
O documento do governo indiano não especifica quais vacinas serão exportadas, mas afirma que os fabricantes domésticos terão estoques suficientes para abastecer a população quando a exportação for iniciada. Ainda conforme a nota do governo da Índia, as exportações para outros países serão realizadas nas próximas semanas e meses, em etapas.
Mais cedo, a agência Reuters publicou, citando fontes do governo indiano, que a primeira leva de vacinas seria enviada para o Butão. Outros dois milhões de doses da vacina Covishield seriam enviadas para Bangladesh na quinta-feira (21). A vacina é desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford e fabricada pela Instituto Serum da Índia, o mesmo imunizante que o governo brasileiro afirmou que buscaria no país asiático.
O governo da Índia deu início, no sábado (16), à vacinação em seu país, descrita pelo próprio governo indiano como a maior campanha de vacinação do mundo. Segundo o governo da Índia, a primeira etapa da imunização com grupos prioritários pretende vacinar 300 milhões de pessoas em seis meses.