Macron pede maior envolvimento militar e em defesa dos EUA com administração Biden

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira (19) que espera um envolvimento militar maior dos EUA no combate ao terrorismo, especialmente no Oriente Médio.  
Sputnik

A declaração do chefe de Estado foi feita em Brest, no oeste do país, em discurso de Ano Novo para as Forças Armadas francesas. 

"Eu estou certo de que nas próximas semanas a nova administração [estadunidense] precisará tomar decisões fundamentais, que vão marcar um compromisso maior e consciência no combate ao terrorismo" na Síria e no Iraque, disse o líder francês, segundo publicado pela agência AP. 

Macron afirmou ainda que a França manteve seus esforços na luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e vários outros países) no Oriente Médio. O presidente anunciou que o porta-aviões Charles de Gaulle vai retornar às operações nos próximos meses. Atualmente, cerca de 900 soldados franceses fazem parte de coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos na região. 

O presidente da França também pediu maior envolvimento dos norte-americanos em cooperação multilateral em defesa. A posse do novo presidente dos EUA, Joe Biden, está marcada para esta quarta-feira (20). O democrata prometeu melhorar os laços com os aliados dos Estados Unidos na OTAN. 

Retirada do Sahel

Ao mesmo tempo, Macron disse que poderá diminuir a presença militar francesa na região do Sahel, na África. Segundo o presidente, a França poderia "ajustar" sua atuação após vitórias contra terroristas do Daesh e a chegada de tropas de outros países da Europa. 

A França é atualmente a nação europeia com o maior número de soldados no Mali e na região do Sahel, uma área árida na África ocidental ao sul do deserto do Saara. No ano passado, o Exército francês aumentou sua presença na região de 600 para 5.100 soldados. 

Ao longo da administração de Donald Trump, os EUA diminuíram o número de soldados norte-americanos no exterior, como por exemplo no Afeganistão. Nesta terça-feira (19), o republicano disse estar "orgulhoso de ser o primeiro presidente em décadas que não iniciou novas guerras".

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