Quirguistão descarta uso da vacina Pfizer/BioNTech, diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde de Quirguistão anunciou que o país considera a possibilidade de recebimento da vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 e explicou por que não compra o análogo norte-americano.
Sputnik

Quirguistão recusa a vacina contra a COVID-19 das farmacêuticas Pfizer e BioNTech devido a problemas financeiros, afirmou em entrevista à Birinchi Radio o ministro da Saúde, Alymkadyr Beishenaliev.

O ministro revelou que a aliança global de vacinas COVAX fornece gratuitamente vacinas para os países que não têm dinheiro para sua aquisição em massa. Particularmente, a aliança ofereceu a Quirguistão a vacina Pfizer/BioNTech e forneceria 1,2 milhão de doses dessa vacina.

"Das oito vacinas na lista da COVAX nos deram para consideração a da Pfizer. Mas negociaremos com a aliança a possibilidade de fornecerem outra vacina. Não, a Pfizer é uma vacina boa, mas para a trazer a Quirguistão e fornecer à população são necessárias geladeiras que garantam uma temperatura de armazenamento de -70 °C. Não temos isso. Contatamos o Ministério das Finanças, mas também não há dinheiro. Para fornecer geladeiras pelo menos às grandes cidades, às capitais das regiões, são necessários US$ 2 milhões (R$ 10,5 milhões)", explicou Beishenaliev.

O ministro lamentou que a lista da aliança COVAX não inclui as três vacinas russas contra o coronavírus.

"Nós enviamos em nome da liderança de Quirguistão uma carta ao líder da Rússia Vladimir Putin, solicitando 500 mil doses da vacina. O ministro da Saúde Murashko (Mikhail Murashko) concordou. Em breve, a questão será resolvida. Para o armazenamento dos componentes dessa vacina é necessária uma cadeia de frio de -2 a -18 °C. Possuímos tais frigoríficos, apenas é preciso comprar mais", afirmou Beishenaliev.

Além disso, ele declarou que para o "regresso de Quirguistão à vida normal é preciso realizar a vacinação da população".

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