Agentes da Guarda Nacional dos EUA são afastados por supostos laços com extremismo

Doze agentes da Guarda Nacional dos EUA foram afastados da operação que garantirá a segurança durante a posse de Joe Biden nesta quarta-feira (20).
Sputnik

Depois de uma investigação, foi descoberto que os agentes afastados mantinham vínculos com grupos de extrema-direita ou que publicaram opiniões extremistas, informa a agência de notícias AP, citando fontes militares e de inteligência.

As fontes, um alto cargo dos serviços secretos e um oficial do Exército, não revelaram a que grupo os agentes pertenciam, bem como suas unidades. Contudo, indicaram que não foi detectada qualquer ameaça ao presidente eleito.

"Por motivos de segurança operacional, não discutimos o processo ou o resultado da investigação dos militares que apoiam a tomada de posse", comunicou o Serviço Secreto, citado pelo USA Today.

O Pentágono está investigando os 25.000 agentes da Guarda Nacional que foram enviados a Washington para reforçar a segurança durante a tomada de posse de Joe Biden.

No entanto, o jornal The Washington Post relata nesta terça-feira (19) que os adeptos do movimento QAnon, ligado ao presidente Donald Trump, "discutiram se fazer passar por soldados da Guarda Nacional dos EUA" para se infiltrarem na posse do presidente eleito Joe Biden, na quarta-feira (20).

Agentes da Guarda Nacional dos EUA são afastados por supostos laços com extremismo

QAnon é uma teoria da conspiração que alega que o presidente dos EUA, Donald Trump, está lutando contra um grupo liberal global de pedófilos satanistas, que inclui políticos como Hillary Clinton e o investidor George Soros, bem como estrelas de Hollywood.

O suposto alerta do FBI ocorre um dia depois de o secretário de Defesa em exercício, Chris Miller, afirmar que o Pentágono não recebeu nenhuma informação de inteligência sobre uma potencial ameaça interna à posse de Biden.

Segundo a AP, as autoridades militares norte-americanas estavam preocupadas com um possível ataque interno ou outra ameaça por parte dos agentes do serviço, duas semanas após uma multidão de apoiadores de Trump invadir o Capitólio.

Em 6 de janeiro, apoiadores de Trump, entre eles muitos adeptos do QAnon, invadiram o Congresso dos EUA para protestar contra a certificação dos votos no democrata Joe Biden no Colégio Eleitoral, que prevaleceu sobre o ainda presidente nas eleições de 3 de novembro. O episódio deixou cinco mortos e vários invasores foram detidos.

Comentar