Segundo Maia, o impasse no envio dos materiais não se deve a um obstáculo político, mas sim técnico.
"Ele [embaixador chinês] abriu a conversa já relatando que, de forma nenhuma, haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China", disse Maia, citado pelo portal G1.
O insumo farmacêutico ativo (IFA), que vem da China, usado na fabricação da CoronaVac e pela vacina de Oxford/AstraZeneca, ambas aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Ele [Yang Wanming] disse que trabalha junto ao governo chinês para que a gente possa acelerar — a exportação no nosso caso — desses insumos para que possamos restabelecer logo a produção. Entendi a reunião como muito positiva", afirmou o presidente da Câmara.
Maia diz que não há obstáculo político para envio de insumos chineses das vacinas contra COVID-19
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Rodrigo Maia criticou o governo de Jair Bolsonaro e disse que, até o momento, o governo federal não procurou a embaixada chinesa e que não houve nenhum tipo de diálogo para tratar do tema.
"As informações que tenho, de diálogo com a embaixada, é que, de fato, não houve nenhum tipo de diálogo entre o governo federal e a embaixada chinesa. A informação que eu tenho não foi na conversa com ele [embaixador da China], foi de membros da embaixada. Essa é a informação que eu tenho e, infelizmente, faz sentido. Infelizmente, a questão ideológica tem prevalecido em relação à importância de salvar vidas no Brasil", declarou.
Na terça-feira (19), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela fabricação do imunizante de Oxford/AstraZeneca, informou que a entrega das vacinas contra a COVID-19 vai atrasar de fevereiro para março.