Argentina: pedido de sobrevoos da Lufthansa é reconhecimento das Malvinas como argentinas

A companhia aérea alemã Lufthansa pediu permissão à Argentina para sobrevoá-la em direção às Ilhas Malvinas, informou o governo argentino na quinta-feira (21). O pedido foi recebido como reconhecimento das ilhas "como parte do território argentino".
Sputnik

A Lufthansa informou, separadamente, que fez o pedido de dois sobrevoos para apoiar uma expedição científica de pesquisa polar, pois a rota mais utilizada via Cidade do Cabo, na África do Sul, foi suspensa devido à pandemia do coronavírus, segundo a agência Reuters.

Há muito que a Argentina e o Reino Unido disputam as Ilhas Malvinas. A longa disputa levou a uma breve guerra em 1982.

A Argentina disse que o governo alemão também pediu permissão para que o navio de pesquisa Polarstern atracasse no Porto Stanley, que é a capital do território controlado pelos britânicos, informa a mídia.

Os dois voos de 15 horas estão programados para os dias 1º de fevereiro e 30 de março.

O MRE da Argentina declarou que a Lufthansa havia pedido à autoridade de aviação civil argentina, bem como a outras autoridades regionais, para sobrevoar a Argentina e usar a cidade argentina de Ushuaia, na Patagônia, como um aeroporto alternativo, caso não possa vir a pousar nas ilhas disputadas.

Argentina: pedido de sobrevoos da Lufthansa é reconhecimento das Malvinas como argentinas

O MRE também informou que a embaixada alemã pediu autorização à Prefeitura Naval da Argentina para que o navio Polarstern pudesse atracar em "Puerto Argentino", nome argentino da capital das Ilhas Malvinas.

"Destaca-se a relevância do pedido da Lufthansa apresentado às autoridades argentinas, pois implica o reconhecimento das Ilhas Malvinas como parte do território argentino", declarou o MRE argentino, citado pela Reuters.

No ano passado, a Argentina trabalhou arduamente para recuperar as ilhas, nomeando um ministro das Malvinas e dizendo que voltará a desenhar os mapas para enfatizar sua intenção em escolas, bem como fazer maior pressão nas Nações Unidas.

O governo alemão, por sua vez, não respondeu de imediato a pedidos de comentários.

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