O compromisso foi anunciado nesta sexta-feira (22) em uma coletiva de imprensa digital realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O acordo entre a Pfizer e a OMS é um impulso para o consórcio global de vacinas COVAX, que visa garantir a distribuição de vacinas para todos os países.
"É por isso que estou feliz em anunciar que a COVAX assinou um acordo com a Pfizer/BioNTech para até 40 milhões de doses de sua vacina contra a COVID-19", @DrTedros #ACTOgether
No início desta semana, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou as farmacêuticas por buscarem lucros com a pandemia e abastecerem principalmente os países ricos.
Apesar da importância do acordo, os 40 milhões de doses – para uma vacina que exige duas aplicações por pessoa – são uma pequena fatia do que é necessário para a COVAX, que visa vacinar bilhões de pessoas em 92 países de baixa e média renda.
A Pfizer, sediada em Nova York, não havia se comprometido anteriormente a fornecer vacinas sem obter lucro durante a pandemia, como fizeram algumas rivais, como a AstraZeneca.
As doses previstas pela COVAX devem ser entregues ao longo de 2021, começando no final de março.
"Compartilhamos a missão da COVAX e temos orgulho de trabalhar juntos para que os países em desenvolvimento tenham o mesmo acesso que o resto do mundo, o que nos trará mais um passo para acabar com esta pandemia global", disse em comunicado o CEO da Pfizer, Albert Bourla, conforme publicado pela AP.
A Pfizer e a BioNTech disseram ainda que ajudarão os diversos sistemas nacionais de saúde a lidar com a vacina, que requer armazenamento em temperaturas baixíssimas.
Nos EUA, a Pfizer tem enviado as doses em contêineres especiais com gelo seco, mas ainda assim algumas injeções acabam descartadas por estarem fora da temperatura adequada.
A Pfizer disse que está aumentando sua produção de vacinas e espera ser capaz de entregar dois bilhões de doses ainda em 2021, meta superior à antiga previsão da empresa, de 1,3 bilhão de doses até o fim do ano.