Um novo estudo da anatomia do espinossauro, um enorme dinossauro carnívoro de 15 metros de comprimento e seis toneladas de peso que viveu há 112 milhões de anos, sugere outro modelo de comportamento, informa comunicado da Universidade Queen Mary.
O estudo, realizado pela Universidade de Queen Mary em Londres e a Universidade de Maryland dos EUA, colocou em dúvida que o gigante do Cretáceo seria um predador aquático que usava sua grande cauda para nadar e caçar peixes na água.
Segundo os cientistas, o dinossauro carnívoro se comportaria como uma ave pescadora, de modo parecido a uma garça ou cegonha, que caminha pela água e "fisga" suas presas próximo da margem.
Para diferenciar as maneiras de caçar, os cientistas propuseram dois modelos: o predador-perseguidor (como os crocodilos) e o predador-vadeador (como as garças).
Os cientistas compararam as características morfológicas do espinossauro com os crânios e esqueletos de outros dinossauros e répteis, vivos e extintos, tanto terrestres como aquáticos.
O estudo, publicado na revista Palaeontologia Electronica, sugere que a anatomia do espinossauro não era adequada para um caçador-perseguidor aquático.
Entre outros fatores, os pesquisadores destacam que seu tamanho e a escassez de músculos na cauda são contraditórios com o comportamento de um predador aquático que deve nadar rápido para capturar suas presas.
No entanto, os pesquisadores continuaram estudando a espécie, que Tom Holtz, da Universidade de Maryland e coautor do estudo, descreveu como "um animal estranho, inclusive para os padrões de um dinossauro, e não se parece com nenhum ser vivo atual".