De 1,06 metro de comprimento e 70 centímetros de largura, a escultura descoberta apresenta-se como a maior de um conjunto de peças semelhantes encontradas no templo até agora, conta o portal do projeto jornalístico mexicano Cambio de Michoacán.
O relevo em causa foi encontrado perto do eixo central da "capela", mais especificamente no cruzamento das ruas da República da Guatemala e da Argentina, sendo dedicado a Huitzilopochtli, deus asteca do sol, e corresponderia aos anos do reinado de Motecuhzoma Ilhuicamina (1440 d.C. – 1469 d.C.). Também fica perto de Cuauhxicalco, um edifício circular cujo nome se traduz como "lugar da cabaça da águia", onde, segundo documentos do século XVI, eram realizadas as cremações rituais dos governantes tenochcas (outra nomenclatura para mexicanos antes da colonização espanhola).
"Do lado sul, de onde estamos explorando, encontram-se elementos como esta águia, vinculados ao ciclo mítico do nascimento de Huitzilopochtli; enquanto do lado norte, os baixos relevos anteriormente localizados – o primeiro em 1900 por Leopoldo Batres, e o segundo pelo PTM e pelo Programa de Arqueologia Urbana – contêm representações associadas ao deus Tláloc, ao ciclo das águas, e à regeneração do milho", escreveu o INAH em um comunicado, citado pelo portal.
Graças ao trabalho dos arqueólogos Eduardo Matos Moctezuma e Leonardo López Luján, hoje existe uma correspondência estratigráfica que permite aos pesquisadores saber em que fase da construção do Templo Maior se encontravam os achados, e a que período pertenceriam.
Sabendo isso, atualmente é também sabido que o piso em análise estaria coberto desde os tempos pré-hispânicos, durante a expansão do Templo Maior, e assim, portanto, os espanhóis nunca o chegaram a ver quando desembarcaram na futura América Latina.