Equipe da OMS visita hospital de Wuhan em que primeiros pacientes com COVID-19 foram tratados

Uma equipe de profissionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma visita nesta sexta-feira (29) ao hospital onde a China diz que os primeiros pacientes com COVID-19 foram tratados, há mais de um ano.
Sputnik

A visita é parte de uma missão de investigação sobre as origens do coronavírus. Membros da OMS e autoridades chinesas tiveram suas primeiras reuniões presenciais em um hotel antes das visitas.

Até esta quinta-feira (28), os pesquisadores visitantes cumpriram quarentena por 14 dias, iniciada assim que chegaram à China.

Primeiro encontro cara a cara com nossos colegas. Correção: máscara a máscara diante das restrições médicas. Discutindo nosso programa de visitas. O líder de equipe da China, professor Wannian, fez brincadeiras sobre algumas falhas técnicas. É bom ver nossos colegas após longas reuniões pelo Zoom.

Membros da equipe deixaram o hotel de carro e, pouco tempo depois, entraram nos portões do Hospital Provincial de Medicina Integrada Chinesa e Ocidental de Hubei, conforme noticiou a AP. Foi neste hospital que os primeiros casos da até então "pneumonia de origem desconhecida" foram registrados, em 27 de dezembro de 2019.

Os especialistas planejam visitar também locais como o mercado de mariscos de Huanan, que foi apontado como um dos primeiros locais de disseminação do novo coronavírus, além do Instituto de Virologia de Wuhan e do Centro de Controle de Doenças de Wuhan.

Equipe da OMS visita hospital de Wuhan em que primeiros pacientes com COVID-19 foram tratados

A missão da equipe da OMS tornou-se politicamente carregada. Acusada por diversos países de ter escondido a existência do novo coronavírus, a China tenta se defender de supostos erros em sua resposta inicial ao surto.

"Todas as hipóteses estão sobre a mesa enquanto a equipe segue a ciência em seu trabalho para entender as origens do vírus da COVID-19" disse, em tweet, a OMS.

A confirmação da origem de um vírus pode levar anos, uma vez que exige uma pesquisa aprofundada, que inclui amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos.

Uma possibilidade é que um caçador de animais selvagens tenha passado o vírus para comerciantes, que por sua vez o levaram para Wuhan. O governo chinês promoveu teorias, com poucas evidências, de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus. Esta noção é rejeitada por cientistas e agências internacionais.

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