A visita é parte de uma missão de investigação sobre as origens do coronavírus. Membros da OMS e autoridades chinesas tiveram suas primeiras reuniões presenciais em um hotel antes das visitas.
Até esta quinta-feira (28), os pesquisadores visitantes cumpriram quarentena por 14 dias, iniciada assim que chegaram à China.
Primeiro encontro cara a cara com nossos colegas. Correção: máscara a máscara diante das restrições médicas. Discutindo nosso programa de visitas. O líder de equipe da China, professor Wannian, fez brincadeiras sobre algumas falhas técnicas. É bom ver nossos colegas após longas reuniões pelo Zoom.
Membros da equipe deixaram o hotel de carro e, pouco tempo depois, entraram nos portões do Hospital Provincial de Medicina Integrada Chinesa e Ocidental de Hubei, conforme noticiou a AP. Foi neste hospital que os primeiros casos da até então "pneumonia de origem desconhecida" foram registrados, em 27 de dezembro de 2019.
Os especialistas planejam visitar também locais como o mercado de mariscos de Huanan, que foi apontado como um dos primeiros locais de disseminação do novo coronavírus, além do Instituto de Virologia de Wuhan e do Centro de Controle de Doenças de Wuhan.
A missão da equipe da OMS tornou-se politicamente carregada. Acusada por diversos países de ter escondido a existência do novo coronavírus, a China tenta se defender de supostos erros em sua resposta inicial ao surto.
"Todas as hipóteses estão sobre a mesa enquanto a equipe segue a ciência em seu trabalho para entender as origens do vírus da COVID-19" disse, em tweet, a OMS.
A confirmação da origem de um vírus pode levar anos, uma vez que exige uma pesquisa aprofundada, que inclui amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos.
Uma possibilidade é que um caçador de animais selvagens tenha passado o vírus para comerciantes, que por sua vez o levaram para Wuhan. O governo chinês promoveu teorias, com poucas evidências, de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus. Esta noção é rejeitada por cientistas e agências internacionais.