Em 24 de janeiro, em uma mensagem nas redes, o médico recomendou tratar o presidente com hidroxicloroquina e azitromicina, uma combinação que provocaria uma trombose venosa ou insuficiência renal aguda e mataria o político.
"Alguém lhe dê hidroxicloroquina + azitromicina + anticoagulantes orais diretos + esteroide. Com uma dessas terá uma trombose venosa, ou algo, e nos livramos de alguns anos de desvarios matinais", escreveu o médico.
O assunto causou indignação entre usuários do Twitter, após o que Araiza pediu desculpas e logo depois sua conta na rede foi eliminada.
"Minha intenção não era ofender ou desejar mal a ninguém. Lamento ter levantado com pouca seriedade um tema tão sensível para os mexicanos", disse.
O médico trabalha no Instituto Nacional de Cardiologia Ignacio Chávez e no hospital privado Médica Sur, no México.
Por sua parte, a Sociedade Europeia de Cardiologia se desvinculou de Araiza.
A Sociedade Europeia de Cardiologia não apoia a infeliz postagem pessoal de um de seus embaixadores na mídia social. Diego Araiza se desculpou publicamente e não será mais um embaixador da Sociedade, uma vez que sua mensagem violou as diretrizes para mídias sociais da ESC.
Não é caso único
No entanto, este médico não foi o único que recomendou uma receita letal ao presidente. Uma médica chamada Fernanda Gómez sugeriu algo parecido.
Na última semana, alguns comunicadores e mídias espalharam diversos rumores em torno de saúde do presidente López Obrador.
Nesta sexta-feira (29), o governo federal pediu para não se difundir informação falsa. Horas mais tarde, López Obrador publicou um vídeo desde o Palácio Nacional, no qual assegurou que se sente bem e repousado. "Ainda tenho COVID-19, mas os médicos me dizem que está passando a etapa crítica", contou o mandatário mexicano.