Sem fornecer mais detalhes, a revista de aviação Scramble escreveu que os Estados Unidos vão enviar neste mês quatro bombardeiros estratégicos B-1B Lancer à base aérea norueguesa de Orland.
A chefe de comunicações da Força Aérea da Noruega, Stine Barclay Gaasland, não negou nem confirmou os relatos.
"Mobilizações operacionais, instalações das forças e atividades futuras não são comentadas, nem os planos de outras nações", afirmou Gaasland à emissora norueguesa NRK.
Professor do Colégio de Defesa da Noruega, Tormod Heier acredita que o envio de bombardeiros dos Estados Unidos siga o comportamento habitual dos últimos anos.
"A Noruega e os EUA estão em uma nova Guerra Fria com a Rússia. Pretende-se antes de mais nada dissuadir e, em menor medida, abrir-se para medidas apaziguadoras", opinou.
Heier acrescentou que a Noruega desempenha um papel importante na defesa avançada dos EUA no Extremo Norte por estar perto do que os EUA mais temem em uma situação de crise – as forças nucleares da Rússia.
"Noruega está ativamente envolvida na luta das superpotências Rússia e EUA. Isso aumenta a probabilidade de a Noruega se tornar um campo de batalha se surgir um conflito entre os EUA e a Rússia ou uma crise sem controle. O interesse da Noruega reside em equilibrar os EUA a oeste e a Rússia a leste", ressaltou.
A Embaixada da Rússia na Noruega afirmou que a ativação de presença militar estrangeira no país nórdico, incluindo a instalação de bombardeiros estratégicos dos EUA, não contribui para a estabilidade. Entidade diplomática russa se comprometeu a acompanhar a situação e prometeu implementar medidas para defender a segurança da Rússia e da região.