RFPI: Índia será produtor-chave da Sputnik V com o mesmo volume da Rússia

A Índia se tornará um dos principais centros mundiais de produção da vacina russa Sputnik V contra o coronavírus, o volume de produção será semelhante ao da Rússia.
Sputnik

O volume de produção da vacina contra a COVID-19 na Índia será semelhante ao da Rússia, afirmou Kirill Dmitriev, o diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).

"Atualmente, estamos trabalhando ativamente em conjunto com Dr.Reddy's na Índia. A Índia para nós é um parceiro-chave, porque a Índia, de fato, produzirá tantas vacinas quantas são produzidas na Rússia. Esse será um dos principais centros de produção da vacina Sputnik V no mundo. Esperamos a apresentação da vacina para aprovação neste mês ou no próximo, nosso parceiro Dr. Reddy's está tratando disso", disse Dmitriev durante um briefing com jornalistas.

"Então, depois disso poderemos começar as entregas à Índia. Podemos até chamar a Sputnik V de vacina russo-indiana, porque temos lá cinco parceiros para produção. E trabalhamos em estreita colaboração com a Índia desde o início, porque a Índia possui capacidades muito boas para produção de vacinas", acrescentou o diretor-geral do RFPI.

Anteriormente, durante o briefing com os jornalistas, Dmitriev destacou que o fundo está trabalhando com os reguladores na Índia e espera receber a autorização em um procedimento acelerado em "fevereiro ou março".

O chefe do fundo afirmou que a produção da vacina já é realizada na Coreia do Sul e Índia, em breve a China também começará sua produção. O Brasil, segundo Dmitriev, já produz lotes experimentais da vacina e, segundo se espera, atingirá grandes volumes no próximo mês.

A revista científica The Lancet publicou na terça-feira (2) os resultados da terceira fase de testes clínicos da Sputnik V, confirmando sua eficácia e alta segurança. Durante a terceira fase dos ensaios clínicos, a Sputnik V mostrou altos indicadores de eficácia, imunogenicidade e segurança, a eficácia da vacina é de 91,6%. A vacina assegura proteção completa para os casos graves da infecção com o novo coronavírus.

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