Após quase meio século de serviço, Pentágono planeja reciclar porta-aviões USS Nimitz

Os EUA deverão deixar de utilizar a partir do próximo ano o porta-aviões nuclear USS Nimitz, que será reciclado e algumas partes usadas por outros navios, como parte da estratégia naval do país nas próximas décadas.
Sputnik

A Marinha dos EUA deverá retirar do serviço o porta-aviões USS Nimitz e começar um possivelmente longo plano de reciclagem em 2025, escreve o portal Business Insider.

A mídia citou um plano do ramo militar, divulgado em 9 de dezembro, relatando que, depois de uma longa carreira ao serviço do país norte-americano, o USS Nimitz será um dos 14 navios de propulsão nuclear descomissionados, e depois reciclados, dos 304 que deixarão de estar ao serviço da Marinha, devendo isso acontecer em 2022. A estratégia prevê uma frota total de 546 navios até 2051, com a construção de 404 embarcações e desativação de 304.

A partir de 2025 será retirado o combustível dos dois reatores nucleares do USS Nimitz, que deverá ser levado às Instalações de Reatores Navais em Idaho, EUA. Os próprios reatores serão limpos, selados e transportados a um depósito de resíduos no leste do estado de Washington.

Prevê-se que a reciclagem também comece em 2025, com retirada e preparação das partes que poderão ser usadas em outros porta-aviões, do mesmo modo que algumas partes do USS Enterprise, cuja reciclagem está decorrendo, já foram instaladas em navios da classe Nimitz.

No entanto, como indicou o portal The Drive em 2018, o processo de reciclagem de um porta-aviões é longo, tendo sido estimado que o USS Enterprise demore 15 anos ou mais para completar o processo, o mesmo podendo acontecer com o USS Nimitz.

O USS Nimitz foi comissionado para a Marinha norte-americana em 1975, sendo na época apenas o segundo porta-aviões nuclear alguma vez construído depois do USS Enterprise (CVN-65), que iniciou o serviço em 1961.

A mais recente missão do USS Nimitz incluiu permanecer no Oriente Médio como meio de dissuasão do Irã nas vésperas de 3 de janeiro, o primeiro aniversário do assassinato pelos EUA do general iraniano Qassem Soleimani, tendo recebido na segunda-feira (1º) a ordem de voltar ao país.

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