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Imunização no Brasil: vacina da Oxford pode ter 3 meses de intervalo entre 1ª e 2ª doses, diz estudo

A vacina desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do governo Bolsonaro para combater o avanço da COVID-19. O Brasil fechou uma parceria com a empresa para a fabricação de doses em território nacional.
Sputnik

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou nesta quarta-feira (3) que o novo estudo que mostra que uma única dose da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, fornece um alto nível de proteção por 12 semanas sustenta a estratégia do governo britânico de adiar a segunda injeção para que mais pessoas possam ser protegidas pela primeira dose.

O estudo mostra que a vacina reduziu a transmissão do vírus em dois terços e preveniu doenças graves. A pesquisa ainda não foi revisada por pares, mas foi recebida com entusiasmo pelas autoridades do Reino Unido, que se encontraram sob pressão para justificar a decisão de adiar a segunda dose, reporta a agência Associated Press.

Imunização no Brasil: vacina da Oxford pode ter 3 meses de intervalo entre 1ª e 2ª doses, diz estudo
"Essa redução na transmissão, assim como o fato de não haver internações, a combinação disso é uma notícia muito boa. E apoia categoricamente a estratégia que estamos adotando de ter um intervalo de 12 semanas entre as doses", comentou Hancock, citado pela mídia.

Um dos autores do estudo, Andrew Pollard, disse que os cientistas da Universidade de Oxford acreditam que a vacina continuará a oferecer proteção contra novas variantes do SARS-CoV-2, embora ainda aguardem dados sobre isso. Mesmo que o vírus se adapte, "isso não significa que não teremos proteção contra doenças graves", comentou Pollard.

AstraZeneca/Oxford no Brasil

A vacina desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do governo do presidente Jair Bolsonaro. O Brasil fechou uma parceria com a empresa para a fabricação de doses em território nacional, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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A vacina já está sendo aplicada no Brasil após a aprovação de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, por enquanto, há apenas dois milhões de doses, importadas do Instituto Serum, na Índia.

A Fiocruz aguarda a chegada de insumos e prevê até 100,4 milhões de doses até julho. Até dezembro, com outra importação de insumos, será possível produzir mais 100 milhões, afirma a fundação.

O Brasil já registrou 226.383 mortes em decorrência da COVID-19 desde o início da pandemia e 9.286.256 infectados. 

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