O pagamento do benefício, concedido ao longo do ano passado em razão da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, terminou em dezembro de 2020.
Segundo a Justiça, a bolsa deve ser fornecida em razão do novo surto da COVID-19 no Amazonas. Janeiro foi o pior mês da pandemia no estado.
No início do ano, Manaus sofreu com o colapso do sistema de saúde devido ao aumento do número de casos da doença. No interior do Amazonas, também houve alta de contágios e internações.
A decisão é do juiz federal Ricardo Augusto de Sales, que determinou multa diária de R$ 100.000 em caso de descumprimento. A medida foi uma resposta a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), ajuizado no dia 18 de janeiro.
Inicialmente, o auxílio emergencial pago pelo governo era de R$ 600. Nos últimos meses de 2020, porém, o benefício foi cortado pela metade.
Isolamento e proteção social
Embora muitos especialistas, políticos e organizações sociais tenham defendido a necessidade da prorrogação da bolsa em 2021, o governo afirmou que não pagará mais o benefício.
No caso do Amazonas, a Justiça deu prazo de até 15 dias para que o pagamento comece a ser efetuado, "desde que o beneficiário ainda atenda aos requisitos estabelecidos", segundo publicado pelo portal G1.
Segundo a Defensoria, além das medidas de restrição à circulação, reintroduzidas no estado, é indispensável dar uma proteção social para as camadas mais vulneráveis por meio do auxílio, para que a população possa "realizar o isolamento social, sem colocar em risco sua sobrevivência e de suas famílias".