Um levantamento da Associação Médica Brasileira (AMB) mostra que 34,7% dos médicos do país ainda acreditam na eficácia da cloroquina no tratamento contra a COVID-19.
Destes, 28,2% creem que o remédio ajuda no combate à doença nos primeiros sintomas. Já 3,1% afirmam que a cloroquina é eficaz quando a doença já está instalada, 2,3% dizem que ajuda na prevenção e 1,1% recomendam apenas no caso de piora. Ao todo, 3.882 pessoas foram ouvidas.
As respostas desta parcela dos entrevistados no levantamento vão na contramão do que indicam os estudos divulgados até agora sobre o tema.
Uma pesquisa de cientistas alemãs publicada pela revista Nature no ano passado, por exemplo, diz que nem a cloroquina, nem a hidroxicloroquina são capazes de prevenir a propagação do novo coronavírus em humanos.
O estudo, divulgado pela AMB nesta terça-feira (2), mostra ainda que, para 41,4% dos médicos brasileiros, a ivermectina também possui algum tipo de eficácia contra a COVID-19.
Nesse caso, 24% dizem que o remédio pode ser usado nas manifestações iniciais e 15,3% afirmam que contribui para a prevenção. Já 1,9% acreditam que a ivermectina é eficaz quando o paciente já está com o vírus e 0,2% recomendam apenas em estágios avançados da doença.
Assim como com a cloroquina, ainda não há estudos que comprovem que a ivermectina é eficaz contra o coronavírus no corpo humano.