Os cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst (UMass), EUA, financiados pelo Exército norte-americano, criaram materiais de última geração que se encaixam e se reiniciam, contando com o fluxo de energia apenas do ambiente.
A descoberta apresenta possibilidades quase ilimitadas, afirmou dr. Ralph Anthenien, chefe de seção do Escritório de Pesquisa do Exército, setor que faz parte do Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate do Exército dos EUA (DEVCOM, na sigla em inglês).
"Este trabalho terá inúmeras aplicações futuras possíveis em sistemas de acionamento e motivação para o Exército e o Departamento de Defesa", disse Anthenien.
Pesquisadores descobriram a física do processo durante um experimento padrão envolvendo a observação de uma tira de gel secante. Durante a examinação, de repente, os cientistas perceberam que a tira se moveu sozinha quando seu líquido interno evaporou.
Embora a maioria dos movimentos fossem lentos, foi notado que às vezes eles aceleravam. Estes movimentos mais rápidos eram instabilidade instantânea, que continuavam à medida que o líquido evaporava.
Estudos adicionais revelaram que a forma do material era crucial para o experimento e que o mesmo foi capaz de se reiniciar para continuar seus movimentos.
"Muitas plantas e animais, especialmente os pequenos, usam partes especiais que atuam como molas e travas para ajudá-los a mover-se muito rápido, muito mais rápido do que os animais com apenas músculos", informou o professor de ciência e engenharia de polímeros, dr. Al Crosby da UMass.
Este método é cada vez mais popular para fazer movimentos rápidos em pequenos robôs e brinquedos.
Descoberta pode levar a robôs autopropulsados, pesquisadores financiados pelo Exército dos EUA descobrem como fazer materiais autopropulsados, permitindo que se movam sem motores ou mãos.
"No entanto, a maioria desses dispositivos de ressalto, precisam de um motor ou uma mão humana para manter o movimento. Com esta descoberta, pode haver várias aplicações que não exigem baterias ou motores para abastecer o movimento", segundo Crosby.
Depois de aprender a mecânica essencial a partir das tiras de secagem, os engenheiros estudaram diferentes formas para descobrir quais reagiriam de maneira previsível. Em particular, examinaram aqueles que se movem repetidamente sem exigir motores ou mãos para reiniciá-los.
A equipe também revelou como suas tiras remodeladas poderiam trabalhar no mundo real, com imagens mostrando-os subindo um lance de escada por conta própria.
"A descoberta é importante para criação de novos robôs, especialmente em tamanhos pequenos, onde é difícil instalar motores, baterias ou outras fontes de energia", concluiu Crosby.