Segundo Yuri Rogulev, diretor da Fundação Roosevelt da Universidade Estatal de Moscou, a obsessão dos EUA com um sistema defensivo contra mísseis tem enfrentado críticas logo desde seu surgimento.
"A ideia de criação de um sistema defensivo antimísseis tem circulado nos EUA desde a década de 1980. Já [o presidente Ronald] Reagan apresentava esta ideia como iniciativa de defesa estratégica. Depois eles abandonavam [a ideia] e voltavam de novo. Tudo isso custa uma tremenda quantidade de dinheiro", disse especialista ao canal Zvezda.
Conforme diz Rogulev, praticamente desde o início os EUA enfrentaram críticas, cujo argumento principal era que um sistema de defesa antimísseis nunca daria ao país 100% de garantia.
"De qualquer modo isso será uma peneira, será um coador, ele [o sistema] não será capaz de proteger contra todos os mísseis balísticos russos. Nós avisamos que se eles [EUA] continuarem a construção deste sistema e a aproximá-lo das fronteiras da Rússia, esta será forçada a desenvolver novos sistemas de armas, e foi isso que fez", explicou Rogulev.
Anteriormente o portal Avia.pro informou que para interceptar um míssil balístico internacional Yars os EUA podem necessitar de pelos menos 50 antimísseis e para os sistemas de mísseis hipersônicos da Rússia de quatro ou cinco vezes mais do que isso.
Atualmente a Rússia conta com 150 mísseis Yars, localizados tanto em silos, como em sistemas móveis de lançamento.
Estes mísseis estão aptos a superar com sucesso todos os sistemas existentes de defesa antimíssil, suas ogivas múltiplas podem ser orientadas para diferentes alvos.