Assim, Lavrov comentou sobre as possíveis sanções da UE no caso do opositor russo Aleksei Navalny.
"Tratamos isso como um assunto interno. Estamos acostumados com a UE, como disse, cada vez mais recorrendo a restrições unilaterais que carecem de base legítima. Partimos do pressuposto de que a União Europeia não é um parceiro confiável, pelo menos, nesta fase", disse o ministro após encontro com Borrell, em Moscou.
Lavrov expressou a esperança de que "a próxima revisão estratégica leve em consideração os interesses fundamentais da UE em sua vizinhança imediata".
"Parece-me que estão começando a nos ouvir, mas a posição conjunta e coletiva da União Europeia é que não apresentaremos qualquer prova... Compreendo que seja a posição de Berlim, assim decidiram desde o início e apresentaram aos demais. A Alemanha foi seguida por França e Suécia. Portanto, tendo em vista o princípio da solidariedade na UE, não estou surpreso com esta posição. Mas estou certo de que a maioria dos políticos na Europa entendem bem o quão absurda é essa abordagem", declarou Lavrov.
Na última terça-feira (2), a Justiça russa decidiu substituir uma pena suspensa por três anos e meio de prisão contra o opositor Aleksei Navalny, por ele ter violado repetidamente as regras de conduta impostas no processo de liberdade condicional. Vários países ocidentais pediram a libertação de Navalny.
Na quarta-feira (3), Borrell adiantou que o Conselho da UE vai debater uma possível resposta à pena de prisão imposta ao opositor.