Segundo informações do portal UOL, a aeronave aterrissou no aeroporto do Galeão, na capital fluminense, às 18h18 deste sábado (6) com os 90 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) produzido no laboratório Wuxi Biologics, em Xangai, na China, que recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda no ano passado.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a matéria-prima, que precisa ser armazenada a uma temperatura de -55 °C, é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, que serão envasadas no laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro.
Inicialmente, a carga deveria ter chegado ao Brasil em janeiro, mas acabou sofrendo atraso em função de trâmites burocráticos na China. Segundo o Ministério da Saúde, a Fiocruz receberá mais dois carregamentos com insumos ainda neste mês, nos dias 23 e 28.
Com isso, a fundação deverá entregar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) mais 15 milhões de doses da vacina em março. Ao todo, a Fiocruz mantém sua meta de entregar 100,4 milhões de doses até julho de 2021 e mais 110 milhões no segundo semestre.
Em um primeiro momento, a vacina será produzida com o IFA importado. Porém, com base no acordo firmado com a Oxford/AstraZeneca, a Bio-Manguinhos poderá iniciar em abril o processo de incorporação de tecnologia para produzir a matéria-prima no Brasil, o que deverá ser concluído até julho e permitirá a fabricação local a partir de agosto.
A vacina de Oxford/AstraZeneca obteve a aprovação da Anvisa para o uso emergencial em 17 de janeiro de 2020, junto com a CoronaVac, desenvolvida em uma parceria do laboratório chinês Sinovac com Instituto Butantan, em São Paulo. Até o momento, esses dois imunizantes são os únicos que receberam o sinal verde da agência reguladora brasileira.