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Caso mantenha o ritmo atual, Brasil só conseguirá vacinar 70% da população em 2024

O Brasil só conseguirá imunizar 70% de sua população contra a COVID-19 em 2024 caso mantenha o ritmo atual de vacinação. A informação foi publicada neste domingo (7) pelo jornal O Globo.
Sputnik

Atingir 70% da população vacinada é o patamar considerado essencial por especialistas para que se possa voltar viver o "velho normal", sem a necessidade de máscaras e medidas de isolamento. Até o momento, o Brasil imunizou 3,4 milhões de pessoas – o que corresponde a 1,6% de sua população de cerca de 210 milhões.

Apesar do ritmo lento, o Brasil ainda está à frente de outros países da América Latina, como Argentina (que imunizou 1% da população) e México (0,6%). Os números são do Our World in Data, plataforma da Universidade de Oxford.

A mesma matéria veiculada pelo Globo, no entanto, informa que o Brasil tem potencial para acelerar consideravelmente o ritmo de vacinação. Segundo o que José Cássio de Moraes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa-SP, disse ao jornal, o país pode vacinar mais de dois milhões de pessoas diariamente.

"O PNI [Programa Nacional de Imunização] pode vacinar, tranquilamente, dois milhões de pessoas por dia. E esta é uma estimativa conservadora, levando em conta que só exista um vacinador em cada uma das 40 mil salas de vacinação do país", disse o médico ao jornal O Globo.

Em resposta à matéria, o Ministério da Saúde afirmou que já negociou a compra de 354 milhões de doses de vacina, quantia suficiente para imunizar 83% da população brasileira (com duas doses). Esse número considera as doses de CoronaVac, da vacina de Oxford e das injeções a serem obtidas pelo consórcio COVAX.

Caso mantenha o ritmo atual, Brasil só conseguirá vacinar 70% da população em 2024

Na sexta-feira (5), uma matéria veiculada pelo Estadão informou que o Brasil terá vacinas o bastante para imunizar mais de um quarto (26,7%) de sua população até o fim de março.

Na noite deste sábado (6), chegou ao Brasil o primeiro carregamento com 90 litros de insumos vindos da China, que são essenciais para a produção da vacina da AstraZeneca. Com a matéria-prima, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) poderá produzir 2,8 milhões de injeções contra a COVID-19. No mesmo dia, a farmacêutica norte-americana Pfizer pediu o registro definitivo da sua vacina contra a COVID-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que pode ampliar o leque de vacinas para o Brasil imunizar sua população.

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