Além de seu potencial já demonstrado de lançar ataques de mísseis de cruzeiro, bem como sua capacidade, atualmente em estágio avançado de desenvolvimento, para lançar mísseis balísticos hipersônicos, o poderoso conjunto de sensores do caça russo permite que este funcione como um "franco-atirador aéreo", lançando ataques altamente precisos contra alvos inimigos, informa a Military Watch Magazine.
O termo "franco-atirador aéreo" já tinha no passado sido aplicado ao caça F-14D Tomcat da Marinha dos EUA, que possuía o conjunto de sensores mais eficiente do mundo ocidental por mais de uma década após sua introdução. Este caça americano era capaz de disparar um míssil a vários quilômetros de distância, devido à potência de seu enorme radar.
Tal como o F-14D, o Su-57 possui um radar de grandes dimensões, desenvolvido décadas mais tarde e, logo, considerado mais potente, sendo capaz de efetivamente mapear o campo de batalha não apenas no ar, mas também no solo.
A velocidade e altitude elevadas atingidas pelo Su-57, bem como a confiabilidade na sua furtividade frontal, permitem, potencialmente, que o potente caça russo penetre nas defesas inimigas para lançar ataques contra alvos importantes, de acordo com a revista militar.
O fato de que este caça será colocado em campo em número limitado, pelo menos durante os próximos 15 anos, significa que deverá ser bastante adequado para operações de "franco-atirador aéreo". Estas não requerem, necessariamente, destacamentos em grande número, enquanto caças inferiores, como o Su-34 ou o Su-30SM, atacam alvos menos sensíveis de maneira complementar.
O míssil antirradar Kh-58UShE, de cerca de cinco metros de comprimento e um alcance de mais de 150 quilômetros, poderia ser uma arma adequada para uma aeronave com papel de "franco-atirador". Este míssil, destinado a detectar, atacar e destruir fontes de sinais de radar, torna o Su-57 ideal para quebrar a retaguarda de uma rede de defesa aérea inimiga e cegar o controle terrestre dos adversários.