Irã revela novas instalações para produção de mísseis portáteis de última geração

No ano passado, o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, revelou uma série de novos mísseis balísticos e de cruzeiro projetados e fabricados na República Islâmica.
Sputnik

O general Mohammad Hossein Baqeri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, participou da inauguração de diversas fábricas para produção de mísseis portáteis de última geração e de combustível híbrido para vários tipos de foguetes.

Falando em uma cerimônia de inauguração no sábado (6), Baqeri elogiou a instalação como "uma das fábricas mais singulares da região, produzindo mísseis de defesa aérea de curto alcance", citado pelo Tehran Times.

O major-general explicou que os lançadores de foguetes portáteis produzidos no país, projetados para missões relacionadas com a defesa aérea, apresentam tecnologia de laser avançada para navegação e controle, entre outras características.

Baqeri também participou de outra cerimônia de inauguração de uma fábrica de propelente híbrido, que fornecerá combustível para vários tipos de mísseis terrestres. Neste aspeto, o líder militar ressaltou a necessidade de estender o alcance e a velocidade de tais mísseis, acrescentando que o novo combustível deverá aumentar o poder tático antitanque e de defesa aérea.

No ano passado, o Irã lançou uma série de sofisticados mísseis balísticos e de cruzeiro projetados e fabricados internamente, incluindo o míssil Qassem Soleimani, batizado com o nome do líder da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, abatido em um ataque de drones dos EUA sob ordens do ex-presidente Donald Trump no início de janeiro de 2020.

O assassinato contribuiu para escalar as tensões entre Teerã e Washington. Os EUA e a União Europeia têm vindo a pressionar o Irã a reduzir seu arsenal nuclear, mas Teerã tem resistido à pressão.

Atualmente, a república persa possui mais de mil mísseis de curto e médio alcance, suspeitando-se que o país tenha aumentado seu desenvolvimento e produção após os EUA terem abandonado unilateralmente o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).

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