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Trabalhador que recusar vacina no Brasil pode ser demitido por justa causa

Mulher recebe dose de vacina contra a COVID-19 em Salvador, na Bahia.
Ministério Público do Trabalho afirmou que a demissão só deve ocorrer em último caso, após as empresas buscarem conscientizar e convencer os funcionários.
Sputnik

Os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a COVID-19 sem razões médicas podem ser demitidos por justa causa, informou o Ministério Público do Trabalho (MPT) brasileiro. O órgão pediu que as empresas invistam em conscientização sobre a importância da vacinação e que negociem com seus funcionários, mas alertou que uma recusa individual e injustificada à imunização não poderá colocar em risco a saúde dos demais empregados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que o Estado pode impor medidas restritivas aos cidadãos que se recusarem a tomar a vacina contra o novo coronavírus.

Apesar de até agora nenhum governo ter criado sanções, as ações podem incluir multa, vedação a matrículas em escolas e impedir a entrada em determinados locais.

"Como o STF já se pronunciou em três ações, a recusa à vacina permite a imposição de consequências. Seguimos o princípio de que a vacina é uma proteção coletiva, e não individual. O interesse coletivo sempre vai se sobrepor ao interesse individual. A solidariedade é um princípio fundante da Constituição", disse o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, conforme noticiado pelo jornal Estadão.
Trabalhador que recusar vacina no Brasil pode ser demitido por justa causa
Trabalhador que recusar vacina no Brasil pode ser demitido por justa causa

A orientação do MPT, contudo, é que a demissão seja a última alternativa após as tentativas de convencer os funcionários de aderir à imunização.

"Na questão trabalhista, é preciso ter muita serenidade. A recusa em tomar vacina não pode ser automaticamente uma demissão por justa causa. Todos temos amigos e parentes que recebem diariamente fake news sobre vacinas. O primeiro papel do empregador é trabalhar com informação para os empregados", afirmou o procurador-geral.

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