Variante mexicana do coronavírus pode ser 'a mais preocupante de todas', diz cientista

Especialistas alertam que mutação do coronavírus detectada em Jalisco, México, pode tornar as vacinas atualmente disponíveis menos eficazes devido ao seu potencial de transmissibilidade.
Sputnik

O cientista Ravi Gupta, professor de Microbiologia da Universidade de Cambridge, alertou em entrevista ao jornal mexicano Milenio que a cepa mexicana das mutações do coronavírus que foram registradas no México pode ser a mais preocupante de todas as registradas até o momento pelos especialistas.

Para Gupta, a variante mexicana E484K é "a mais preocupante de todas, mais do que a variante britânica e as detectadas na África do Sul e no Brasil, porque está intimamente relacionada à resposta imune e pode tornar as vacinas atuais menos eficazes", explica o professor.

As cepas observadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul têm em comum uma mutação chamada N501Y, localizada na proteína S do coronavírus, o que explica sua maior transmissibilidade em comparação ao vírus original. Mas, de acordo com o cientista, a mutação N501Y não apresenta alterações no sistema de imunidade, como acontece com a E484K, cujos casos descobertos até agora são chamados Casos Jalisco.

A mutação do SARS-CoV-2 originada em Jalisco foi descoberta há uma semana em amostras de quatro moradores locais por pesquisadores do Laboratório de Diagnóstico de Doenças Emergentes e Reemergentes (LaDEER, na sigla em espanhol) da Universidade de Guadalajara.

Como parte dos estudos sobre a nova variante do vírus e a estratégia adotada, o LaDEER está aplicando exames PCR e testes sorológicos gratuitos em pacientes com sintomas do coronavírus.

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