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Volta do auxílio: Bolsonaro diz que não há dinheiro no 'cofre', e sim 'endividamento'

Ao falar sobre retorno do auxílio emergencial, presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (10) que não há dinheiro no "cofre" do governo, e sim "endividamento".
Sputnik

Nesta segunda-feira (8), Bolsonaro admitiu que o governo poderia prorrogar o benefício, mas alertou para a necessidade de contenção de despesas. Ele disse que ministros de sua equipe estavam discutindo a questão. 

A prorrogação do auxílio, que deixou de ser pago em dezembro do ano passado, é um desejo da maioria dos parlamentares que apoiaram a eleição do candidato apoiado por Bolsonaro à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O benefício era concedido a trabalhadores informais e desempregados afetados pela pandemia do coronavírus.

"A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido", disse Bolsonaro em discurso a prefeitos no Ministério da Educação, segundo o portal UOL. "E é o que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar", acrescentou

Ativistas pressionam por auxílio

Nesta quarta-feira (10), ativistas da Rede Brasileira de Renda Básica e de outras organizações da sociedade civil, reunidos na Frente em Defesa da Renda, estão em Brasília para uma rodada de encontros com autoridades governamentais e parlamentares.

Embora não exista um valor definido caso a bolsa retorne, especula-se que a quantia seria de R$ 200, distribuídos durante três meses. A Frente entende que o valor é baixo e pede o pagamento de R$ 600.

Integrantes da iniciativa vão conversar com deputados e senadores que apoiam a prorrogação do auxílio. O objetivo é entregar uma petição pela continuidade do benefício para a nova presidência da Câmara dos Deputados. 

No evento com os prefeitos, Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus. 

"[Devemos] nos preocupar com os mais idosos, com comorbidade, mas a roda da vida tem que continuar. Sou muito criticado por isso. Me chamam de tudo. E, pelo que eu entendi, na ponta da linha tem a questão política do tratamento dessa questão. Vamos ter que conviver com esse vírus, não adianta falar que passando o tempo vai resolver. Estão vendo que não vai. Novas cepas estão aparecendo. Agora, o efeito colateral do tratamento inadequado mata mais gente do que o vírus em si", disse o presidente. 
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