O jornalista e ativista digital Julian Assange foi preso pela polícia britânica dentro da embaixada do Equador em 2019, depois que Lenín Moreno retirou seu asilo, status concedido a ele por Rafael Correa ainda em 2012.
Assange luta contra a extradição para os Estados Unidos, onde pode pegar até 175 anos de prisão por acusações polêmicas de espionagem relacionadas às publicações do site Wikileaks, liderado pelo jornalista.
"O que aconteceu com Assange foi vergonhoso. Humilhamos o Equador em nível internacional. É por isso que Moreno deve ser processado por traição", disse Correa.
O ex-presidente disse ainda que a prisão de Assange foi a primeira vez na história da nação sul-americana em que o governo do país permitiu que forças britânicas entrassem em seu território nacional. Correa prometeu que Moreno responderia pelo ato que classificou como "bárbaro".
O ex-presidente do Equador voltou à política no ano passado pela frente de esquerda União pela Esperança (UNES). Seu candidato à Presidência equatoriana, Andrés Arauz, lidera a disputa presidencial e deve estar no segundo turno da disputa, em abril deste ano. As eleições presidenciais no Equador foram realizadas no domingo (7) e a contagem dos votos segue em andamento.