O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (15), que jornais como Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo deveriam sair de circulação, chamando os veículos de "fábricas de fake news". O mandatário também criticou o Facebook e defendeu o aumento da tributação das redes sociais no Brasil.
"Com todo o respeito, [...] eu sou qualquer um do povo: proibir anexar imagens a título de proteger fake news. O certo é tirar de circulação - não vou fazer isso, porque sou democrata - tirar de circulação O Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, [O] Antagonista. São fábricas de fake news", disse o presidente.
Bolsonaro deu a declaração enquanto caminhava em uma praia em Santa Catarina em uma live na conta do Instagram do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.
"Agora deixa o povo se libertar, porque tem liberdade. Logicamente que se alguém extrapolar em alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora, o Facebook bloquear a mim e a população é inacreditável [...] E não há uma reação da própria mídia, a mídia se cala. Falam tanto da liberdade de expressão para eles, em grande parte, mentir com matérias. Agora, para a população é uma censura que não se admite", disse.
Recentemente, Bolsonaro pediu que seus apoiadores enviassem fotos de notas fiscais após pagarem por combustíveis para mostrar uma suposta bitributação do insumo. Segundo ele, o Facebook estaria impedindo o envio de imagens de notas fiscais de combustíveis pela plataforma.
O presidente também comentou sobre o assunto nesta segunda-feira (15): "Os combustíveis continuam aí demonstrando uma nuvem muito carregada no horizonte, vamos resolver esse problema. Obrigado quem mandou [a foto da] nota fiscal [de abastecimento] para mim por outros meios, já que o Facebook bloqueou. Vamos ver, já liguei para a AGU [Advocacia-Geral da União] para ver o que a gente pode fazer", declarou.
Sobre tributar as redes sociais, Bolsonaro propôs uma nova lei a ser pensada juntamente com o Congresso.
"O governo federal também, junto com o Parlamento, [poderia] criar uma legislação, taxar mais ainda esse pessoal [redes sociais], que paga muito pouco de imposto para operar dentro do Brasil e tomar medidas para realmente garantir a liberdade de expressão. Na minha página, na página de qualquer um", disse.