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Rio: 'Velocidade da vacinação dependerá do Ministério da Saúde', diz médico sanitarista

Alexandre Chieppe, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, disse, em entrevista à Sputnik Brasil, que não há atraso no processo de vacinação e que a expectativa é que toda a população do estado seja imunizada até o final do ano.
Sputnik

A cidade do Rio de Janeiro precisará interromper o processo de vacinação contra a COVID-19 nesta semana por falta de doses, conforme anunciado pelo prefeito Eduardo Paes, na manhã desta segunda-feira (15). Em entrevista à Sputnik Brasil, o médico sanitarista Alexandre Chieppe, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, afirmou que ainda não há previsão de regularidade no envio de novas doses e que a velocidade da imunização ao longo do ano dependerá do Ministério da Saúde.

"A vacinação foi iniciada em todo o país, principalmente, para grupos prioritários. Não tínhamos uma previsão por parte do governo federal do envio regular de doses. Portanto, o quantitativo que havia chegado era o suficiente para poder vacinar aquele público específico de profissionais de Saúde da linha de frente e outros mais expostos, idosos asilados e deficientes em situação de abrigamento", explicou Chieppe.
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De acordo com o médico sanitarista, a Secretaria orientou os municípios do estado a não divulgar um calendário longo de vacinação com base na previsão de chegada de doses. O órgão, então, pediu para que o planejamento fosse feito a partir das doses já disponíveis, começando o processo pelos grupos de risco.

"A orientação dada aos municípios é que eles pudessem iniciar a vacinação dos idosos, mas deixando claro que não havia garantia de doses nesse momento, para poder fazer toda a vacinação", contou.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, as doses ainda disponíveis no estoque só são suficientes para vacinar idosos de 84 anos, nesta segunda-feira (15), e os de 83 anos, nesta terça-feira (16). Por isso, os demais, até 82 anos, precisarão aguardar a chegada da nova remessa.

Para Chieppe, "não há tempo perdido", mas sim uma velocidade "que tem que ser respeitada", considerando as doses que estão sendo disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. O médico sanitarista diz que a campanha de imunização será acelerada conforme as novas doses chegarem.

"Não há previsão de regularidade de envio de doses. Não há também uma previsão de vacinação imediata de toda a população. A expectativa é que todo mundo seja vacinado até o final do ano, mas a velocidade em que isso vai acontecer vai depender desse envio de doses pelo Ministério da Saúde. Então, não há atraso na vacinação. O que há é uma necessidade de respeitar a produção por parte da Fiocruz e o envio de doses por parte do Instituto Butantan", afirmou.
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