Na segunda-feira (15), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que, em função da escassez de doses, a campanha de vacinação no município seria interrompida a partir de quarta-feira (17).
Em Cuiabá e Rondonópolis a aplicação da primeira dose foi suspensa. Enquanto novos lotes não forem entregues pelo Ministério da Saúde, apenas a segunda dose seguirá sendo dada.
Em Sinop e Cáceres, por sua vez, a imunização será totalmente interrompida a partir desta quarta-feira (17). Em Barra do Garças o estoque de doses está chegando ao fim.
A campanha de vacinação em Mato Grosso começou em 19 de janeiro. Até o momento, o estado já recebeu 191.000 doses de vacinas contra a COVID-19. O governo local disse que o Ministério da Saúde não deu previsão sobre a chegada de novos carregamentos.
Ritmo lento de vacinação
O ritmo da vacinação no Brasil vem sendo criticado por especialistas. Na velocidade atual, pode demorar até 2024 para que 70% da população seja imunizada. Há ainda o temor de que as novas variantes do coronavírus tornem a disseminação da COVID-19 ainda mais rápida.
A expectativa é de que a aplicação das doses seja acelerada a partir do momento em que o país iniciar a produção em massa, tanto no Instituto Butantan, em São Paulo, como na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Na segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro minimizou críticas sobre o ritmo da campanha de imunização no país. Ele disse que no "mundo todo" havia falta de vacinas. Além disso, afirmou que tem um "cheque de R$ 20 bilhões" para comprar imunizantes, para isso basta que a Anvisa libere as vacinas.