México fará reclamação na ONU contra 'desigualdade' global na aquisição de vacinas, diz chanceler

O México vai reclamar ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito da "desigualdade" no acesso às vacinas contra a COVID-19 desenvolvidas por várias empresas farmacêuticas de todo o mundo
Sputnik

O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, confirmou nesta terça-feira (16) que fará uma reclamação formal às Nações Unidas.

"Amanhã [quarta-feira, 17] vamos apresentar, no Conselho de Segurança da ONU, a posição do México quanto à desigualdade no acesso às vacinas, porque não é justo", disse Ebrard.

O México tem 126 milhões de habitantes e já assinou contratos que asseguram 232,22 milhões de doses de vacinas com várias empresas farmacêuticas. Com estas injeções, pouco mais de 130 milhões de pessoas podem ser vacinadas, considerando que alguns imunizantes requerem a aplicação de duas doses.

O chanceler falou sobre a dificuldade na aquisição de doses de vacinas da Pfizer. Após três semanas de suspensão das exportações por conta de uma reconfiguração da fábrica da farmacêutica na Bélgica, a União Europeia autorizou o despacho de um novo lote de vacinas para o México, que deve chegar à capital mexicana na próxima semana. O governo do México assinou contrato para 5,18 milhões de doses de vacinas da Pfizer. Até agora, recebeu pouco mais de 1,2 milhão.

México fará reclamação na ONU contra 'desigualdade' global na aquisição de vacinas, diz chanceler

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já fez diversos alertas para tentar garantir que a distribuição de vacinas seja mais igualitária mundialmente. Em 31 de dezembro, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que as vacinas contra a COVID-19 sejam disponibilizadas para todos os países, não somente para nações ricas.

Pouco mais de uma semana depois, Adhanom Ghebreysus voltou a pedir que países ricos compartilhem vacinas em excesso. No fim de janeiro, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, fez o mesmo apelo: que países ricos parem de acumular suprimentos excedentes de vacinas contra a COVID-19.

Comentar