Bannon fez campanha pela 25ª Emenda por acreditar que Trump tinha demência, diz produtor de TV

Steve Bannon acreditava que o ex-presidente Donald Trump tinha demência em estágio inicial em 2017, de acordo com um veterano produtor de TV.
Sputnik

Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca, achava que o ex-presidente norte-americano Donald Trump estava sofrendo de demência em estágio inicial e, secretamente, fez uma campanha para remover o político republicano do cargo por meio da 25ª Emenda, que permite ao vice-presidente, com o consentimento da maioria dos membros do governo norte-americano, assumir a liderança do país. As revelações foram feitas por Ira Rosen, veterano produtor do programa 60 Minutes, da emissora CBS.

"O fato de Bannon ter tentado obter apoio para a remoção de Trump depois de ter servido como seu conselheiro sênior na Casa Branca foi surpreendente", escreve Rosen em seu novo livro de memórias sobre seu trabalho para a CBS, reproduzido pelo tabloide Daily Mail na terça-feira (16).

Rosen conta que Bannon é "​​um grande falador, um grande fofoqueiro” e, por isso, tornou-se "uma fonte para muitas pessoas da mídia em Washington". O produtor afirma que Bannon começou a procurar aliados de Trump em julho de 2017 e teve conversas com eles sobre o estado mental do então presidente.

Bannon fez campanha pela 25ª Emenda por acreditar que Trump tinha demência, diz produtor de TV
"Ele acreditava que Trump estava sofrendo de demência em estágio inicial e que havia uma possibilidade real de que ele fosse destituído do cargo pela 25ª Emenda […]. Bannon começou a empurrar essa história com força", escreve Rosen.

Bannon negou o relato, afirmando ser "fantasia completa e total" do produtor, e completou dizendo que Rosen é "outro repórter tentando ser um trapaceiro".

Em 13 de janeiro, a maioria dos parlamentares da Câmara dos Representantes dos EUA votou para instar o vice-presidente Mike Pence a invocar a 25ª Emenda para remover da Casa Branca Trump. Pence se recusou.

No seu último dia como presidente dos EUA, Donald Trump concedeu perdão a várias pessoas, entre as quais o ex-assessor Steve Bannon.

No sábado (13), o Senado norte-americano barrou o impeachment de Trump, acusado de incitar uma insurreição na invasão do Capitólio, em janeiro deste ano.

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