Washington acusa três hackers norte-coreanos por supostamente orquestrarem ciberataques em todo o mundo de 2014 a 2020 para obter US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,03 bilhões) de instituições financeiras e empresas, anunciou na quarta-feira (17), em comunicado, o Departamento de Justiça dos EUA.
"Uma acusação federal revelada hoje acusa três programadores de computador norte-coreanos de participarem de uma ampla conspiração criminosa para conduzir uma série de ciberataques destrutivos, roubando e extorquindo mais de US$ 1,3 bilhão [R$ 7,03 bilhões] em dinheiro e moeda criptográfica de instituições financeiras e empresas, para criar e implantar múltiplos aplicativos de moeda criptográfica maliciosa, e para desenvolver e comercializar fraudulentamente uma plataforma blockchain", informou o comunicado.
Os três hackers norte-coreanos, com os nomes Jon Chang Hyok, Kim Il, e Park Jin Hyok, são membros de uma agência de inteligência norte-coreana conhecida como Gabinete de Reconhecimento Geral (RGB, na sigla em inglês), disse o comunicado, acrescentando que às vezes eles estavam localizados na Rússia e na China.
Os hackers supostamente roubaram o dinheiro de bancos no Vietnã, Bangladesh, Taiwan, México, Malta e África entre 2015 e 2019.
Os três são acusados de envolvimento em esquemas de saque em caixas eletrônicos, criação de ransomware (software que exige resgate), desenvolvimento de aplicativos de moeda criptográfica maliciosa com a qual teriam roubado mais de uma centena de milhões de dólares, bem como campanhas de phishing (tentativas de obter informação sensitiva imitando entidades oficiais) nos EUA.