Na quinta-feira (18), em transmissão ao vivo pelas redes sociais, ele disse que não poderia "interferir na Petrobras", mas que "alguma coisa vai acontecer" na estatal "nos próximos dias".
Em Sertânia, em Pernambuco, Bolsonaro falou novamente sobre o assunto. Segundo o portal G1, o presidente disse que a política de preços dos combustíveis da Petrobras "não vai continuar sendo um segredo de estado".
Além disso, o chefe de Estado afirmou que "exige e cobra transparência de todos aqueles que tem a responsabilidade de indicar", reforçando os rumores de que poderia mandar demitir o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
"Nesses dois meses traremos medidas que possam trazer conforto na questão de combustíveis no Brasil. É isso que queremos. Se lá fora aumenta o preço do barril do petróleo e aqui dentro o dólar está alto, sabemos de suas repercussões no preço do combustível, mas isso não vai continuar sendo um segredo de estado, exijo e cobro transparência de todos aqueles que tenho responsabilidade de indicar", disse Bolsonaro.
Zerar imposto do diesel
A Petrobras anunciou na quinta-feira (18) aumento do preço da gasolina, o quarto desse ano, e do diesel, que acumula três altas em 2021. O litro da gasolina nas refinarias subiu 34,78% desde o início do ano. Já o diesel teve alta de 27,72% no mesmo período. A estatal argumenta que o aumento dos preços se deve ao alinhamento ao mercado internacional.
Na quinta-feira (18), o presidente afirmou que pretende zerar o imposto sobre o preço do diesel por dois meses. A alta do combustível afeta diretamente os caminhoneiros, que ameaçam fazer greve. A categoria, em grande parte, apoiou Bolsonaro na campanha de 2018.
Após as declarações do presidente, as ações da Petrobras abriram com queda de cerca de 5% no pregão desta sexta-feira (19).
'Teremos mudanças sim'
Em Sertânia, onde esteve para inaugurar uma obra, Bolsonaro voltou a afirmar que haverá mudanças na empresa.
"Anuncio que teremos mudança sim na Petrobras", afirmou. "Jamais vamos interferir nessa grande empresa ou na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com reajustes. Faça-os, mas com previsibilidade. É isso que nós queremos", complementou.