Em resposta, o governo britânico deverá restringir suas importações de água mineral engarrafada do bloco europeu, informou o jornal britânico The Telegraph, citando fontes anônimas.
As fontes relatam que vários ministros estão considerando medidas de resposta, que incluem propostas, apelidadas de "Guerra da Água", estipulando que o Reino Unido ponha fim a uma série de "acordos de continuidade" que Londres concluiu anteriormente com Bruxelas.
"Estamos pensando em que outras áreas poderemos agir. Temos acordos de continuidade […], podemos parar com eles, o que significa que eles [a UE] não poderão vender seus produtos aqui [no Reino Unido]", disseram as fontes, citadas pela mídia, referindo-se, neste caso, à importação de batatas de semente europeias, entre outros produtos.
A escalada dos "planos de contingência" terá vindo depois que a comissária europeia para a Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, não quis se encontrar com o secretário do Ambiente britânico, George Eustice, em uma tentativa de tentar resolver o assunto da interdição de venda de crustáceos do Reino Unido.
No início de fevereiro, Bruxelas anunciou que os pescadores britânicos estão indefinidamente proibidos de vender mexilhões, ostras e berbigão provenientes das águas de "classe B" do país, aos Estados-membros da UE. Apenas poderá haver exceções para os exportadores que tratem os moluscos em instalações de purificação especiais.
Os exportadores de crustáceos, por sua vez, protestam contra tal medida, bem como contra toda a burocracia resultante do Brexit, que segundo eles, tem dificultado bastante seu negócio e, no final, seu meio de sustento.