Cuba apela aos EUA e pede remoção de seu nome da lista de patrocinadores do terrorismo

"Instamos o novo governo [de Joe Biden] a reverter essa decisão absurda e injustificada", diz chanceler cubano em vídeo publicado nas redes sociais.
Sputnik

O chanceler cubano Bruno Rodríguez Parilla fez um pedido nesta segunda-feira (22) nas redes sociais para que os EUA retirem Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.

Em 11 de janeiro de 2021, o gov. de Donald Trump nomeou Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo, para impor obstáculos adicionais a qualquer perspectiva de progresso nas relações bilaterais. Instamos o novo governo a reverter essa decisão absurda e injustificada.

Cuba havia sido retirada do grupo em 2015, durante a gestão do então presidente Barack Obama. No início deste ano, o país retornou à lista após determinação de Donald Trump. Apesar de Joe Biden ter indicado que reverteria esta decisão, nada foi feito.

Na ocasião, o governo norte-americano vinculou a decisão ao apoio de Cuba ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e por ter abrigado fugitivos dos EUA. 

De acordo com o chanceler Bruno Rodríguez, o ato foi cínico e hipócrita. Ele também disse que a medida impõe um grande obstáculo para qualquer perspectiva de avanço nas relações entre os países.

Em 21 de janeiro, o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, condenou a decisão norte-americana.

"Sergei Lavrov condenou categoricamente a decisão de Washington de incluir Cuba na lista dos Estados Unidos de países que patrocinam o terrorismo", escreveu a chancelaria russa em um comunicado que a Sputnik teve acesso.

Cuba apela aos EUA e pede remoção de seu nome da lista de patrocinadores do terrorismo
Vale lembrar que ainda nesta segunda-feira (22), o Grupo Puebla - formado por diversas lideranças da América Latina - divulgou uma nota para reiterar a "necessidade urgente de suspender as sanções econômicas e políticas que pesam sobre Cuba e a Venezuela".

O documento é assinado, entre outras pessoas, pelo ex-presidente Lula, Fernando Haddad, Rafael Correa (Equador) e Dilma Rousseff.

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