Na semana passada, o presidente do Subcomitê de Poder Marítimo e Forças de Projeção, Joe Courtney, afirmou que o Pentágono está em um "ponto de inflexão" para decidir se estas forças "vão receber maior porção do gráfico circular" quando o orçamento para o ano fiscal de 2022 for liberado em alguns meses.
Devido ao fato que a China está expandindo rapidamente sua frota de alto mar, além de investir em mísseis antinavio e bombardeiros de longo alcance, no Pentágono cresce o consenso sobre necessidade especial de crescimento da Marinha a fim de enfrentar o desafio chinês.
Nos últimos dias da administração Trump, o Pentágono lançou a ideia de uma Marinha com mais de 500 navios, incluindo grandes investimentos em submarinos, fragatas menores e um conjunto de veículos de superfície, subaquáticos e aéreos não tripulados. A frota de hoje é constituída por cerca de 300 navios.
Mas, escreve o Defense News, o crescimento da Marinha será um desafio, uma vez que navios de grande capacidade da época da Guerra Fria vão começar a ser retirados. Por causa disso, a Marinha dos Estados Unidos enfrenta um declínio em número de navios, bem como em número de lançadores verticais de mísseis, que ocorrerá no início de 2030.
Alguns apostam no intuito do Pentágono a começar a construção de mais submarinos da classe Virginia, levando em consideração que, em outubro passado, o então secretário de Defesa Mark Esper disse que estes submarinos deveriam ser a prioridade principal da Marinha.
O membro de subdepartamento do poder naval, Rob Wittman, ressalta em entrevista ao portal que "se vamos levar a sério o confronto à ameaça chinesa, isso deve ser no Pacífico. E a única maneira de fazer isso é com navios e a capacidade de criar um risco para a China através da carga útil nesses navios", expressando sua esperança de que a nova administração compartilhe estas conclusões.