A declaração do chefe da diplomacia israelense surgiu um dia após a Organização Internacional de Energia Atômica (AIEA) ter divulgado um relatório sobre o Irã no qual afirmava que o país produziu 17,6 kg de urânio enriquecido em até 20%.
"A política iraniana é uma declaração de intenção de continuar desenvolvendo capacidades nucleares ocultas", advertiu Ashkenazi em um comunicado.
O relatório da AIEA também mostrou que partículas de urânio foram encontradas em pelo menos quatro locais não declarados. De acordo com o chanceler israelense, Teerã não revela onde os materiais nucleares estão localizados atualmente.
O documento foi divulgado no mesmo dia em que o Irã anunciou que não cumpriria mais o protocolo adicional ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que instituiu inspeções rápidas da AIEA. O governo do Irã já havia chegado a um acordo com a AIEA para permitir mais três meses de inspeções, mas não cumpriu.
"Israel vê esta medida como uma ameaça que não pode ficar sem resposta", disse Ashkenazi. "Nunca permitiremos que o Irã tenha a capacidade de obter uma arma nuclear", acrescentou o ministro israelense.