A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA criou uma força-tarefa para investigar suspeitos de misteriosos ataques acústicos contra oficiais da inteligência dos EUA, relata a emissora CNN.
Um funcionário anônimo do governo dos EUA disse à mídia que seria usada uma ampla gama de recursos da CIA a fim de investigar possíveis incidentes futuros. É planejado que a força-tarefa, criada no final de 2020, unirá médicos e funcionários especializados em recursos humanos, privacidade e liberdades civis e contraespionagem, de acordo com o oficial.
Segundo documentos que a CNN obteve de um ex-funcionário da CIA, a comunidade de inteligência dos EUA vem estudando os chamados ataques de micro-ondas "invisíveis" há décadas.
Os diplomatas norte-americanos em Cuba sofreram um conjunto de problemas de saúde, descritos coletivamente como síndrome de Havana, em 2016 e 2017, e sinais médicos similares foram relatados entre os diplomatas dos EUA na China em 2018. As vítimas dos supostos ataques estavam ouvindo ruídos estranhos, que alguns deles percebiam como vibração ou pressão. Alguns dos diplomatas tiveram efeitos de longo prazo na saúde.
O Departamento de Estado dos EUA assumiu que eles poderiam ter sido expostos a algum ataque acústico não identificado, mas não chegou a uma conclusão definitiva sobre o que exatamente causou a síndrome.
De tempos em tempos, surgiram acusações contra a Rússia em veículos de imprensa dos EUA, com o Ministério das Relações Exteriores russo rejeitando sempre todas as alegações.