Cientistas analisam amostras de rochas e reconstroem história da formação da Lua

Pesquisadores dos EUA estudaram a composição de amostras de rochas de antigas missões à Lua com um novo método de espectrometria, apontando eventos que teriam levado à criação da Lua atual.
Sputnik

Geoquímicos norte-americanos descobriram uma história geológica da Lua bastante turbulenta com base nas amostras de pedras coletadas da Lua no início dos anos 1970, revelou uma pesquisa publicada na revista Science Advances.

Alberto Saal da Universidade Brown, Rhode Island, EUA, e Erik Hauri da Instituição Carnegie para a Ciência em Washington, EUA, coautores do estudo, realizaram, durante a análise de 67 amostras de vidro vulcânico e suas inclusões fundidas, as primeiras medições da composição do enxofre-34 "pesado" e do mais "leve" enxofre-32, ao contrário dos pesquisadores anteriores, que o fizeram somente em amostras de rochas a granel, das quais é muito difícil tirar qualquer conclusão.

As amostras de rochas das missões Apollo 15 e Apollo 17 da agência espacial NASA indicaram vários eventos importantes na história geológica lunar, primeiro houve a formação do núcleo lunar e do oceano de magma lunar, em seguida se deu o congelamento do oceano, antes de aparecerem fontes magnéticas heterogêneas em sua profundeza.

Segundo os cientistas, à medida que estas se tornaram mais ativas, começaram as erupções vulcânicas, com derramamentos de lava, ejeções de material piroclástico e escombros e emissões de gases vulcânicos, quando terminou o fracionamento dos isótopos de enxofre.

Isso mostra que a Lua, tal como a Terra, passou por várias fases de diferenciação magmática e desgaseificação, de acordo com os pesquisadores.

Os investigadores utilizaram na pesquisa o NanoSIMS, o mais recente método de espectrometria de massa de íons secundários em nanoescala, o que permitiu medir as esferas de vidro vulcânico individuais e inclusões muito pequenas.

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