A China disse nesta quinta-feira (25) que nunca pediu a diplomatas norte-americanos que passassem por swabs (cotonetes) anais para a detecção do SARS-CoV-2, após relatos de que funcionários do Departamento de Estado dos EUA reclamaram de terem sido submetidos ao teste invasivo.
"Que eu saiba [...] a China nunca exigiu que a equipe diplomática dos EUA instalada na China conduzisse testes de swabs anal", afirmou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, citado pela agência Reuters.
Mídias norte-americanas como Vice e The Washington Post citaram um funcionário do Departamento de Estado dos EUA relatando que o teste foi dado por engano e que a China havia dito que interromperia esses testes em diplomatas norte-americanos.
Swabs anais
O método começou a ser aplicado em janeiro e as diretrizes publicadas pela Comissão Nacional de Saúde da China estipulam que os swabs anais devem ser administrados de três a cinco centímetros dentro do reto, antes de serem girados e removidos para serem posteriormente armazenados em um recipiente de amostra.
Li Tongzeng, vice-diretor encarregado de doenças infecciosas no Hospital You'an de Pequim, disse que os estudos mostraram que o SARS-CoV-2 sobrevive mais no ânus ou em excrementos do que na parte superior do corpo, como a garganta e o nariz, podendo gerar resultados negativos falsos.
Os swabs anais foram usados em Pequim durante um pequeno surto em janeiro, mas as autoridades reconheceram que seria difícil usar essa técnica tão amplamente quanto os outros métodos que têm sido usados para testar milhões em campanhas de massa, já que a técnica "não é conveniente".