Milícias querem 'explodir' Capitólio dos EUA durante discurso de Biden, adverte polícia

Os mesmos grupos que estiveram presentes na invasão de 6 de janeiro ao Capitólio estão planejando interromper violentamente o discurso do Estado da União de Joe Biden, diz delegada de Washington.
Sputnik

Yogananda Pittman, chefe interina da Polícia do Capitólio dos EUA em Washington, apareceu para sua primeira audiência pública no Capitólio para falar de falhas de segurança que permitiram que trumpistas rompessem as barreiras do edifício em 6 de janeiro.

Apesar de não ter chefiado a agência durante a invasão ao Capitólio, Pittman disse a legisladores na quinta-feira (25) que a polícia local estava revendo inteligência que sugere que grupos milicianos estão dispostos a realizar outro ato violento contra o edifício.

Em particular, a chefe interina observou que as ameaças vinham de grupos que estavam presentes no motim de 6 de janeiro, e que eles agora estão procurando "explodir o Capitólio" quando Joe Biden, presidente dos EUA, discursar em uma sessão conjunta do Congresso.

"Sabemos que membros dos grupos milicianos presentes em 6 de janeiro declararam desejos de explodir o Capitólio e matar o maior número possível de membros com um nexo direto ao [discurso do] Estado da União, que sabemos que [sua] data não foi identificada", explicou Pittman aos legisladores.

"Portanto, com base nessas informações, achamos prudente que a Polícia do Capitólio mantenha sua postura de segurança reforçada e robusta até que enfrentemos essas vulnerabilidades que vão adiante."

Yogananda Pittman sublinhou ainda que os indivíduos que invadiram o Capitólio "não estavam apenas interessados em atacar membros do Congresso e oficiais", mas "queriam enviar uma mensagem simbólica à nação sobre quem estava encarregado desse processo legislativo".

Pittman não referiu quando pretende remover a vedação reforçada ao redor do Capitólio, ou quando as tropas da Guarda Nacional seriam ordenadas a voltar para seus estados de origem, mas referiu que a agência "não tem intenção de [as] manter [...] por mais tempo do que o que é realmente necessário".

Segurança no Capitólio de Washington

É planejado que a quantidade de efetivos da Guarda Nacional norte-americana no Capitólio seja reduzida para cinco mil até meados de março, depois de 12 mil soldados terem sido chamados para o discurso de posse do presidente norte-americano em 20 de janeiro, em meio a preocupações com mais violência, e novos relatos indicam que as forças policiais podem permanecer no Capitólio até final de 2021.

A data do discurso do Estado da União de Biden ainda não foi determinada, mas espera-se que aconteça algum tempo depois que as câmaras do Congresso aprovarem o pacote de ajuda financeira em meio à pandemia da COVID-19.

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