Segundo a agência de notícias France-Presse, seus fotógrafos avistaram na quinta-feira (25) pelo menos três corpos do lado de fora da prisão de segurança máxima e alguns presos recapturados, que estavam sob vigilância armada na caçamba de uma caminhonete.
De acordo com o secretário de Comunicação do Haiti, Frantz Exantus, "25 pessoas morreram, incluindo seis detentos e o inspetor de divisão Paul Hector Joseph, que era responsável pela prisão" onde ocorreu a rebelião de quinta-feira (25), situada na periferia da capital Porto Príncipe.
"Entre os mortos estão cidadãos comuns que foram assassinados pelos prisioneiros durante a fuga", ressaltou Exantus durante uma coletiva de imprensa, na qual acrescentou que 1.125 dos 1.542 dos internos do centro de custódia Croix-des-Bouquets estavam em suas celas na manhã desta sexta-feira (26).
Um dos detentos mortos é o líder de gangue Arnel Joseph, que foi abatido hoje (26) em um posto de controle da polícia a cerca de 120 quilômetros de distância da prisão.
"Arnel Joseph foi morto ao tentar atacar uma patrulha policial que parou a motocicleta em que ele trafegava. A polícia respondeu e Arnel Joseph está morto", disse Exantus, citado pela AFP.
Joseph, que era apontado como o chefe de uma das principais redes do crime organizado no Haiti, foi capturado em 2019 e já tinha tentado fugir da prisão em julho do ano passado, após divulgar seu plano em um vídeo que circulou nas redes sociais dias antes da tentativa.
Enquanto cumpria pena por assassinato, Joseph chegou a fugir duas vezes da prisão em Porto Príncipe, nos anos de 2010 e 2017.
O complexo penitenciário de Croix-des-Bouquets foi inaugurado em 2012 e construído com financiamento do Canadá. O recinto tem capacidade máxima para 872 internos, mas abrigava quase o dobro desse número até o momento da fuga de ontem (25).