De acordo com o artigo, três nomes desapareceram da lista de pessoas que alegadamente "participaram, ordenaram ou foram de outra forma cúmplices ou responsáveis pela morte de Jamal Khashoggi".
O Escritório do Diretor da Inteligência Nacional se recusou a esclarecer por que no início os nomes estavam incluídos no documento e qual é o envolvimento, se tiveram, que eles poderiam ter tido no assassinato de Khashoggi.
"Nós colocamos no site um documento revisado porque o original continha erroneamente três nomes que não deveriam ter sido incluídos", disse porta-voz do gabinete.
As três pessoas que não fazem mais parte do relatório de inteligência dos EUA são: Abdulla Mohammed Alhoeriny, Yasir Khalid Alsalem e Ibrahim al-Salim.
De acordo com uma fonte familiarizada com o trabalho interno da inteligência da Arábia Saudita, a primeira pessoa é o irmão do general Abdulaziz bin Mohammed al-Howraini, o ministro que encabeça a Presidência da Segurança do Estado, que supervisiona múltiplas agências de inteligência e contraterrorismo.
Alhoeriny, de acordo com os relatórios da Arábia Saudita, é o chefe adjunto de Segurança do Estado para Contraterrorismo. Segundo aponta a notícia, não se sabe quem são as outras duas pessoas retiradas do relatório.
Porém, na sexta-feira (26), antes de a alteração ter sido descoberta, um alto funcionário da administração dos EUA declarou que o relatório não continha novas informações.
Segundo ele, esta informação era do conhecimento do governo dos EUA e foi comunicada há mais de um ano aos comitês e a membros seletos do Congresso.
Anteriormente foi relatado que o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional considerava que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, tinha aprovado pessoalmente o assassinato de Khashoggi.
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que havia informado o rei da Arábia Saudita sobre "novas mudanças" na política de Washington em relação a Riad.
As autoridades da Arábia Saudita rejeitaram as conclusões do documento da inteligência dos EUA, afirmando que o "relatório continha informações imprecisas".
Jamal Khashoggi tinha 59, era saudita e trabalhava como colunista do Washington Post quando foi atraído para o consulado saudita em Istambul, na Turquia, em 2 de outubro de 2018, sendo morto por uma equipe de agentes da inteligência saudita. Equipe essa que teria laços estreitos com o príncipe herdeiro. Seu corpo foi parcialmente desmembrado e os restos mortais nunca foram encontrados.